Escândalo dos Precatórios: Necessidade Urgente de uma CEI para Investigar Prefeito Marão e Secretário Bento Lima

 

Na última terça-feira (26), Tandick Resende lançou uma denúncia alarmante, revelando um esquema envolvendo o prefeito Mario Alexandre e o secretário de gestão Bento Lima, relacionado aos precatórios municipais. O ponto central da denúncia é a inclusão, no final do processo dos precatórios, do escritório de advocacia do Dr. Rui Carlos Barata Filho. Este último foi previamente denunciado pelo Ministério Público Federal durante a operação Faroeste, um dos maiores escândalos judiciais do país, envolvendo a desembargadora Lígia, mãe de Rui Barata, que foi presa, e os irmãos, apontados como operadores de venda de sentenças judiciais.

 

A gravidade da situação reside no fato de que o processo já estava em fase final e praticamente não necessitava de qualquer intervenção adicional. Caso fosse necessária alguma ação, deveria ser coordenada pela Procuradoria Geral do Município, responsável por defender os interesses municipais em disputas judiciais, arbitragens e outras formas de resolução de conflitos, visando proteger os direitos e o patrimônio público.

 

O escritório de advocacia em questão recebeu a quantia exorbitante de 16 milhões de reais, e só não obteve mais devido à intervenção do juiz, que suspendeu o andamento do processo ao perceber a tentativa de drenar os recursos dos precatórios, destinados aos professores municipais. Rui Barata Filho, vale lembrar, foi citado em gravações entre o advogado Júlio Cesar Cavalcanti, colaborador da operação Faroeste, e Vasco Rusciolelli Azevedo, filho da desembargadora Sandra Inês Rusciolelli, na 5ª fase da investigação. Ele é acusado de participação em esquemas de corrupção relacionados a disputas judiciais de terras no oeste baiano.

 

Diante dessa grave situação, é imprescindível que órgãos competentes como a Polícia Federal, o Ministério Público, o Tribunal de Contas da União, o Tribunal de Contas dos Municípios, o presidente da Câmara de Vereadores e os vereadores locais conduzam uma investigação minuciosa. Uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) precisa ser instaurada imediatamente para apurar todos os fatos. Caso seja comprovado o dolo, tanto o prefeito Marão quanto o secretário Bento Lima, o advogado e outros envolvidos devem restituir cada centavo aos cofres públicos ou aos verdadeiros beneficiários, os professores municipais. Além disso, devem ser aplicadas penas severas, incluindo a exclusão da vida política, pois é intolerável que a cidade de Ilhéus continue sendo assolada por escândalos milionários de corrupção.

 

Quando a Polícia Federal levará a pulseira de prata a quem merece usar?

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